Nova pesquisa revela: regulamentações de sustentabilidade geram vantagem estratégica para empresas globalmente

Empresas estão aproveitando as regulamentações de sustentabilidade para fortalecer seu desempenho, mesmo diante de incertezas regulatórias, segundo estudo realizado por estudantes da Universidade de Cambridge em parceria com a DNV.

Uma nova pesquisa global revela que as empresas estão reconhecendo cada vez mais o valor estratégico das regulamentações, que promovem um engajamento mais próximo com investidores, acionistas, clientes e colaboradores, além de reduzirem custos ao impulsionar a eficiência operacional.

O estudo, conduzido por estudantes do programa de Mestrado em Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Cambridge, em parceria com a DNV, provedora independente de garantia e gestão de riscos, constatou que 72% das empresas acreditam que a melhoria na conformidade regulatória de sustentabilidade aumentou seu valor para investidores e acionistas. Essa mudança reflete o reconhecimento crescente de que transparência e responsabilidade não são apenas exigências regulatórias, mas também impulsionadores de confiança no mercado e de valor empresarial de longo prazo.

Enquanto muitos governos reduzem suas ambições regulatórias, as empresas seguem avançando. Seis em cada dez empresas relatam encontrar valor nas regulamentações de sustentabilidade, sendo que um terço participa ativamente e de forma voluntária, antecipando benefícios como melhoria no relacionamento com stakeholders (25%) e aumento na aquisição de clientes (38%).

Os benefícios, no entanto, vão além do reconhecimento externo. Segundo o estudo, 44% dos entrevistados afirmaram que os relatórios de sustentabilidade aumentam a eficiência operacional, e 43% disseram que ajudam a reduzir custos relacionados às emissões de carbono. Além disso, 66% das empresas relataram que os relatórios de sustentabilidade contribuíram para uma melhor gestão de riscos operacionais, incluindo interrupções na cadeia de suprimentos.

Elizabeth Appel, estudante do programa de Mestrado em Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Cambridge, comentou:

“A regulamentação ESG não se trata apenas de conformidade, mas de vantagem estratégica. Nossos achados mostram que empresas que adotam essas regulamentações estão colhendo benefícios concretos em suas operações e no engajamento com stakeholders, benefícios que as tornam mais resilientes diante de mercados em transformação, cenários regulatórios dinâmicos e mudanças climáticas. Empresas que investem em sustentabilidade promovem maior engajamento interno com iniciativas sustentáveis e inovação, criando uma cultura voltada para o futuro que as diferencia da concorrência.”

A pesquisa também explorou os impactos de estruturas regulatórias como a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia (CSRD), introduzida em 2023. Notavelmente, 71% das empresas já realizavam algum tipo de relatório de sustentabilidade antes da obrigatoriedade da CSRD, e 7% iam além das exigências da diretiva. Os principais motivadores dessa adoção antecipada foram a demanda dos clientes (19%) e o engajamento dos colaboradores (17%).

Contudo, o estudo também destacou barreiras significativas à conformidade regulatória. Nenhuma das empresas pesquisadas estava totalmente em conformidade com todas as regulamentações aplicáveis, refletindo a percepção de que o cenário regulatório de sustentabilidade é excessivamente complexo e oneroso em termos de recursos.

A pesquisa foi realizada entre meados de fevereiro e início de março de 2025, período em que a União Europeia anunciou o adiantamento do seu Pacote de Simplificação Omnibus, com o objetivo de reduzir a carga regulatória sobre as empresas.

Outros achados revelam que os entrevistados acreditam que se beneficiariam de:

  • Orientações regulatórias mais claras (26%)
  • Maior apoio financeiro ou subsídios (26%)
  • Melhores ferramentas digitais de reporte (23%)
  • Referências mais robustas de melhores práticas (22%)

Internamente, as empresas identificaram desafios operacionais adicionais, como:

  • Integração da sustentabilidade aos processos financeiros (19%)
  • Gestão de dados de sustentabilidade (18%)
  • Diligência na cadeia de suprimentos (33%)
  • Incorporação da sustentabilidade nos sistemas de gestão e na estratégia corporativa (15%)

Esses desafios parecem ser comuns a todos os setores, independentemente do porte ou faturamento da empresa.

Lars Sørum, Gerente Regional para Europa da área de Cadeia de Suprimentos e Garantia de Produtos da DNV, afirmou:

“Regulamentações como a CSRD estão acelerando uma mudança fundamental na forma como as empresas pensam sobre sustentabilidade. Mesmo em mercados com regulamentação mais branda, as empresas estão adotando práticas de transparência e confiança por meio de relatórios de sustentabilidade. No entanto, embora a ambição seja alta, a capacidade muitas vezes não acompanha. Para extrair o valor operacional e estratégico completo do ESG, as empresas precisam das ferramentas, recursos e conhecimentos adequados.”

A DNV incentiva as empresas a enxergarem o prazo estendido da CSRD como uma oportunidade para agir, e não para adiar.

“O tempo adicional é um presente,” acrescentou Sørum. “Use-o para integrar o ESG aos seus sistemas financeiros, de governança e cadeia de suprimentos. Empresas que se anteciparem estarão melhor posicionadas para atender às expectativas dos stakeholders e superar a concorrência em uma economia mais transparente e sustentável.”

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